Pré-mercado: até Quando o Dólar Vai Ficar Abaixo de R$ 6,00?
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo. Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quinta-feira, 23 de janeiro O post Pré-mercado: até Quando o Dólar Vai Ficar Abaixo de R$ 6,00? apareceu primeiro em Forbes Brasil.
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Bom dia. Estamos na quinta-feira, 23 de janeiro.
Cenários
A taxa de câmbio entre o real brasileiro e o dólar americano é o melhor indicador das expectativas dos agentes econômicos e investidores. A razão é simples: o Brasil precisa de dólares, mas não os produz. Esse é um privilégio do governo americano.
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Para obter os dólares de que precisa, o Brasil tem de contar com a boa vontade dos compradores internacionais dos nossos produtos e serviços e também com o otimismo dos investidores. Quando essa boa vontade parece estar encolhendo, a expectativa é que faltem dólares. E o movimento racional e natural em consequência disso é comprar a moeda americana, temendo uma escassez no futuro. A taxa de câmbio está sujeita à imutável lei da oferta e da demanda. Quando mais investidores querem comprar dólares, seu preço em reais aumenta.
Após essa pitada de teoria econômica, o que esperar do dólar? Na quarta-feira (22) a taxa de câmbio de fechamento foi de R$ 5,9463, queda de 1,4%. Foi o menor nível desde novembro de 2024, e o primeiro fechamento abaixo de R$ 6,00 desde 11 de dezembro do ano passado. A moeda americana chegou a superar R$ 6,20 na virada do ano, mas o câmbio entrou em uma trajetória descendente e agora ficou abaixo do “nível psicológico” de R$ 6,00.
Perspectivas
O dólar vai continuar abaixo de R$ 6,00? Uma velha piada profissional diz que Deus inventou a taxa de câmbio para ensinar o conceito de humildade aos economistas. Como o preço do dólar é uma variável que depende de fatores da economia real (como o comércio exterior), da economia monetária (como as taxas de juros e de inflação) e das expectativas, prever seu comportamento com precisão é impossível.
A permanência do dólar abaixo de R$ 6,00 dependerá das decisões econômicas dos governos do Brasil e dos Estados Unidos. Por aqui, o equilíbrio fiscal e a busca do governo por credibilidade. Nos Estados Unidos, da decisões do Federal Reserve (FED), o banco central americano, e das políticas comerciais e tarifárias do presidente Donald Trump.
Até o momento, na prática Trump tem sido mais cauteloso com medidas protecionistas (leia-se imposição de tarifas comerciais) do que durante sua campanha presidencial. Essa cautela pode – com um grau de incerteza muito elevado – indicar menos entraves às exportações brasileiras, o que pode – novamente sem certeza – assegurar um fluxo de dólares para o Brasil.
Alerta importante: nada garante isso. No entanto, essa entidade conhecida como mercado vive de expectativas e da antecipação dos fatos. Por isso a queda do dólar para abaixo de R$ 6,00 na quarta-feira. Mas nada garante que isso seja uma tendência definitiva.
Indicadores
- Brasil
Reunião do Conselho Monetário Nacional
- Estados Unidos
Pedidos iniciais de seguro desemprego
Esperado: 221 mil
Anterior: 217 mil
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