Secretário de Clima e Meio Ambiente do Itamaraty será presidente da COP30
O embaixador André Corrêa do Lago foi escolhido para o posto pelo presidente Lula; Secretária de Mudança do Clima do MMA, Ana Toni será CEO da conferência
O presidente Lula anunciou há pouco nesta terça-feira que o embaixador André Corrêa do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, será o presidente da COP30, que acontecerá em novembro em Belém. A escolha de um diplomata para o posto foi antecipada pelo Radar no dia 6 de dezembro. O embaixador era o nome mais cotado.
Secretária Nacional da Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni será a CEO da conferência das Nações Unidas.
Antes de bater o martelo, Lula chegou a cogitar escolher políticos destacados do governo para comandar o evento, como o vice-presidente Geraldo Alckmin ou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, mas optou por um representan do Ministério das Relações Exteriores.
O presidente da COP30 terá a função de conduzir as negociações diplomáticas para o evento e estruturar a agenda da conferência.
Quem são André Corrêa do Lago e Ana Toni
Corrêa do Lago tem 65 anos, entrou no Itamaraty em 1982 e trabalha com temas de desenvolvimento sustentável desde 2001.
Ele foi o negociador-chefe do Brasil para mudança do clima (2011-2013) e para a Rio+20 (2011-2012) antes de ser embaixador no Japão (2013-2018) e na Índia (2018-2023) e, cumulativamente, no Butão (2019-2023). Em março de 2023, assumiu a Secretaria de Clima do Ministério das Relações Exteriores, já na gestão do chanceler Mauro Vieira.
Ana Toni, que será a diretora executiva da COP30, ocupou o mesmo cargo no Instituto Clima e Sociedade, foi presidente de Conselho do Greenpeace Internacional e diretora da Fundação Ford no Brasil e da ActionAid Brasil.
Segundo o governo, ela possui “longa trajetória direcionada ao fomento de projetos e políticas públicas voltados à justiça social, meio ambiente e mudança do clima”.
Decisão foi adiada
O anúncio foi feito depois de Lula se reunir no Palácio do Planalto com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Maria Laura da Rocha (substituta das Relações Exteriores), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Sidônio Palmeira (Secom), com a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e com o assessor-chefe do presidente, o ex-chanceler Celso Amorim.
Este foi o segundo encontro do grupo para discutir o tema. Na quinta-feira passada, eles tiveram uma “conversa preliminar” e adiaram a decisão final para esta terça. A escolha era esperada desde os últimos meses do ano passado, uma vez que cabe ao presidente da COP convocar e liderar os eventos prepatórios da conferência, que devem começar em breve.
Em pronunciamento após a reunião, Marina Silva destacou que os ministérios das Relações Exteriores e do Meio Ambiente ocupam as duas posições que “são fundamentais estratégicas na parte de conteúdo, negociação e liderança de todo o processo da COP”. A ministra lembrou ainda que a infraestrutura e a logística do evento são de responsabilidade de Casa Civil.
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