Algumas perguntas desalinhadas
Ao longo dos últimos trinta anos ocorreu um sistemático subfinanciamento das forças armadas. Portugal nem sequer cumpre o compromisso assumido pela NATO em 2014 de gastar 2% do PIB em defesa. Na Europa, os principais exércitos foram reduzidos ao osso. Visto de outra maneira, segundo números da própria NATO, os países da UE gastaram em defesa 370 mil milhões de dólares em 2024, tendo a aliança orçamentado 1474 mil milhões de dólares, quantia difícil de imaginar, de quase bilião e meio, seis vezes o PIB português. Os contribuintes americanos pagam o grosso da fatia.A NATO gasta dez vezes mais do que a Rússia, país em guerra com um orçamento de defesa equivalente a 140 mil milhões de dólares. Os países da UE, isolados, têm uma despesa duas vezes e meia superior à da Rússia; se juntarmos o Reino Unido, dá uma fatura acima daquilo que gasta anualmente a China (292 mil milhões), que é considerada um colosso militar.Estes são os factos, mas todos os dias lemos declarações de dirigentes europeus a preverem catástrofes: ou gastamos mais ou teremos de aprender russo. A retórica é incompreensível. Para onde foi o nosso dinheiro? Além disso, fala-se cada vez mais num hipotético exército europeu, mas todos os líderes sabem que isso é uma fantasia. Quem fazia o comando político de tal força? A Comissão Europeia não eleita, chefiada por Ursula von der Leyen, que para poupar dinheiro desmantelou as divisões mecanizadas alemãs? E o exército nacional, o que lhe acontece?Em resumo, para atingir a próxima meta da NATO, no mínimo 3% do PIB, Portugal terá de gastar em defesa o dobro do dinheiro que gasta atualmente e as lições da guerra da Ucrânia implicam que a Europa vai comprar armas americanas para equilibrar a balança comercial com os EUA. Qual é o objetivo? A reindustrialização do ocidente? A criação de um bloco militar ofensivo? Serve para convencer a opinião pública?
Ao longo dos últimos trinta anos ocorreu um sistemático subfinanciamento das forças armadas. Portugal nem sequer cumpre o compromisso assumido pela NATO em 2014 de gastar 2% do PIB em defesa. Na Europa, os principais exércitos foram reduzidos ao osso. Visto de outra maneira, segundo números da própria NATO, os países da UE gastaram em defesa 370 mil milhões de dólares em 2024, tendo a aliança orçamentado 1474 mil milhões de dólares, quantia difícil de imaginar, de quase bilião e meio, seis vezes o PIB português. Os contribuintes americanos pagam o grosso da fatia.
A NATO gasta dez vezes mais do que a Rússia, país em guerra com um orçamento de defesa equivalente a 140 mil milhões de dólares. Os países da UE, isolados, têm uma despesa duas vezes e meia superior à da Rússia; se juntarmos o Reino Unido, dá uma fatura acima daquilo que gasta anualmente a China (292 mil milhões), que é considerada um colosso militar.
Estes são os factos, mas todos os dias lemos declarações de dirigentes europeus a preverem catástrofes: ou gastamos mais ou teremos de aprender russo. A retórica é incompreensível. Para onde foi o nosso dinheiro? Além disso, fala-se cada vez mais num hipotético exército europeu, mas todos os líderes sabem que isso é uma fantasia. Quem fazia o comando político de tal força? A Comissão Europeia não eleita, chefiada por Ursula von der Leyen, que para poupar dinheiro desmantelou as divisões mecanizadas alemãs? E o exército nacional, o que lhe acontece?
Em resumo, para atingir a próxima meta da NATO, no mínimo 3% do PIB, Portugal terá de gastar em defesa o dobro do dinheiro que gasta atualmente e as lições da guerra da Ucrânia implicam que a Europa vai comprar armas americanas para equilibrar a balança comercial com os EUA. Qual é o objetivo? A reindustrialização do ocidente? A criação de um bloco militar ofensivo? Serve para convencer a opinião pública?
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